Andropausa: A queda dos níveis de testosterona e seus efeitos na saúde dos homens
Como a queda da testosterona, ao longo dos anos, pode afetar a saúde e o bem-estar dos homens
- Saúde
- Equipe Fundamentos da saúde
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A andropausa é uma condição que afeta alguns homens a partir dos 40 anos e se caracteriza pela diminuição gradual dos níveis de testosterona, o principal hormônio masculino. A andropausa pode causar alterações físicas, emocionais e sexuais nos homens, afetando a sua qualidade de vida.
O que é a andropausa
A andropausa é um termo popular que se refere à deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM), uma síndrome clínica que envolve a redução dos níveis de testosterona e seus efeitos no organismo masculino. A andropausa não é uma doença, mas uma etapa natural do envelhecimento do homem, que pode variar de intensidade e duração de acordo com cada indivíduo.
A testosterona é o hormônio responsável pelas características sexuais secundárias dos homens, como o crescimento da barba, dos pelos corporais, da massa muscular e da voz. A testosterona também influencia o desejo sexual, a ereção, a produção de espermatozoides, o humor, a energia, a memória, a densidade óssea e o metabolismo.
A produção de testosterona começa a diminuir gradualmente a partir dos 30 anos, em uma taxa de cerca de 1% ao ano. No entanto, nem todos os homens apresentam sintomas ou complicações decorrentes dessa queda hormonal. Estima-se que cerca de 20% dos homens acima de 60 anos tenham níveis de testosterona abaixo do normal, mas apenas 5% deles apresentam sintomas clínicos de andropausa.
Quais são os sintomas da andropausa
Os sintomas da andropausa podem variar de acordo com o grau de deficiência de testosterona e a sensibilidade de cada homem aos seus efeitos. Os principais sintomas da andropausa são:
- Diminuição do desejo sexual;
- Dificuldade de ereção ou ejaculação;
- Redução da quantidade e da qualidade dos espermatozoides;
- Perda de massa muscular e aumento da gordura corporal;
- Diminuição da força e da resistência física;
- Osteoporose e maior risco de fraturas;
- Queda de cabelo e afinamento dos pelos corporais;
- Alterações de humor, como irritabilidade, ansiedade e depressão;
- Diminuição da autoestima e da confiança;
- Insônia e distúrbios do sono;
- Fadiga e falta de energia;
- Diminuição da concentração e da memória;
- Fogachos e sudorese noturna
Como é feito o diagnóstico da andropausa
O diagnóstico da andropausa é feito por um médico, geralmente um endocrinologista ou um urologista, a partir da avaliação dos sintomas e dos exames laboratoriais. O médico irá perguntar sobre o histórico clínico, os hábitos de vida, o uso de medicamentos e a qualidade de vida do homem. O médico também irá examinar o homem, verificando o seu peso, a sua pressão arterial, o seu índice de massa corporal, a sua circunferência abdominal e o seu estado geral de saúde.
Além da avaliação clínica, o médico irá solicitar alguns exames de sangue para medir os níveis de testosterona e de outros hormônios, como o hormônio luteinizante (LH), o hormônio folículo-estimulante (FSH), a prolactina, a globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) e o estradiol. O médico também irá solicitar exames para avaliar o funcionamento da tireoide, do fígado, dos rins, do coração e da próstata, além de exames para verificar os níveis de colesterol, de glicose, de hemoglobina e de cálcio no sangue.
O diagnóstico da andropausa é confirmado quando o homem apresenta sintomas clínicos e níveis de testosterona total abaixo de 300 ng/dL ou de testosterona livre abaixo de 6,5 ng/dL. No entanto, esses valores podem variar de acordo com o método de dosagem e o laboratório utilizado. Por isso, o médico irá interpretar os resultados dos exames de acordo com o quadro clínico de cada homem.
Como é feito o tratamento da andropausa
O tratamento da andropausa depende da gravidade dos sintomas, do risco de complicações e da preferência do homem. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças associadas à deficiência de testosterona, como a osteoporose, a anemia, a diabetes, as doenças cardiovasculares e o câncer de próstata.
O tratamento da andropausa pode envolver:
Terapia de reposição hormonal
Consiste na administração de testosterona por via oral, injetável, transdérmica ou subcutânea, com o objetivo de restaurar os níveis normais do hormônio e seus efeitos no organismo. A terapia de reposição hormonal pode melhorar o desejo sexual, a ereção, a massa muscular, a força física, o humor, a energia, a memória, a densidade óssea e o metabolismo do homem.
No entanto, a terapia de reposição hormonal também pode causar efeitos colaterais, como acne, aumento da próstata, retenção de líquidos, aumento dos glóbulos vermelhos, alterações do colesterol e risco de trombose. Por isso, a terapia de reposição hormonal deve ser indicada e acompanhada por um médico, que irá avaliar os benefícios e os riscos de cada caso.
Tratamento dos sintomas específicos
Consiste no uso de medicamentos ou de terapias para aliviar os sintomas que afetam a qualidade de vida do homem, como a disfunção erétil, a depressão, a insônia, a osteoporose e as doenças cardiovasculares. O tratamento dos sintomas específicos deve ser feito em conjunto com o tratamento da causa, ou seja, a deficiência de testosterona.
Mudanças no estilo de vida
Consistem em adotar hábitos saudáveis que possam melhorar a saúde física e mental do homem, como praticar atividade física regularmente, alimentar-se de forma equilibrada, evitar o consumo de álcool, tabaco e drogas, controlar o estresse, dormir bem, manter uma vida sexual ativa e buscar apoio psicológico se necessário. As mudanças no estilo de vida podem ajudar a prevenir ou a retardar a queda de testosterona, a aliviar os sintomas da andropausa e a prevenir doenças crônicas.
Como prevenir a andropausa
A andropausa é uma condição natural do envelhecimento do homem, que não pode ser evitada completamente. No entanto, existem algumas medidas que podem ajudar a prevenir ou a retardar a queda de testosterona e seus efeitos negativos, como:
- Manter um peso saudável, evitando o excesso de gordura corporal, que pode aumentar a produção de estrogênio e diminuir a produção de testosterona;
- Praticar atividade física regularmente, especialmente exercícios de força, que podem estimular a produção de testosterona e aumentar a massa muscular;
- Alimentar-se de forma equilibrada, consumindo alimentos ricos em proteínas, vitaminas, minerais e antioxidantes, que podem favorecer a síntese de testosterona e proteger as células do envelhecimento;
- Evitar o consumo de álcool, tabaco e drogas, que podem interferir na produção ou na ação da testosterona e causar danos ao fígado, aos rins, ao coração e à próstata;
- Usar medicamentos somente com prescrição médica, e informar o médico sobre o uso de qualquer substância que possa afetar os níveis de testosterona ou causar interações medicamentosas;
- Fazer consultas periódicas com o médico, especialmente se tiver histórico familiar ou pessoal de doenças que possam causar ou agravar a andropausa, como diabetes, hipertensão, dislipidemia, obesidade, doenças cardíacas, doenças da tireoide, doenças da próstata, entre outras;
- Fazer exames regulares para avaliar os níveis de testosterona e de outros hormônios, bem como o funcionamento dos órgãos vitais e o risco de complicações;
- Buscar apoio psicológico se sentir dificuldades para lidar com as mudanças físicas e emocionais decorrentes da andropausa, ou se apresentar sintomas de depressão, ansiedade, baixa autoestima ou isolamento social.
A andropausa é uma condição natural do envelhecimento do homem, que se caracteriza pela diminuição dos níveis de testosterona e seus efeitos no organismo. A andropausa pode causar alterações físicas, emocionais e sexuais nos homens, afetando a sua qualidade de vida. Por isso, é importante que os homens estejam atentos aos sinais e sintomas da andropausa, procurem ajuda médica e adotem hábitos saudáveis que protejam a sua saúde hormonal.
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